quarta-feira, fevereiro 16, 2005

A Partida...

A nossa (CNE) principal missão é apoiar crianças e jovens a educar-se para a vida, através de um método particular: Método Escutista. Tendo sempre em conta as características pessoais de cada elemento.
Quando um elemento chega a Caminheiro, o seu objectivo é concluir a sua preparação para fazer parte de uma sociedade onde os valores aprendidos, defendidos e vividos na associação possam fazer a diferença. Ser Caminheiro não é o estágio de ser Dirigente.
O Caminheiro tem, assim, duas opções no final da sua caminhada: fazer a Partida e dar o seu contributo activo na sociedade onde se insira ou fazer a Partida e, caso a Direcção do Agrupamento assim o entenda, convidá-lo para Dirigente, com funções e responsabilidades definidas.
Como todos sabem no nosso clã existe um escuteiro com uma deficiência mental, o que não lhe retira o mérito de ser um bom elemento, mas com idade mais que suficiente para assumir a partida. A sua presença requer uma sintonia de trabalho que enriquece ambas as partes. Sempre foi assim. Torna-se necessário, no entanto, avaliar a sua partida, avaliar qual será o melhor para ele, que missão lhe podemos propor. O facto de ignoras-mos essa partida é talvez o acto mais cobarde que podemos assumir, não nos leva a “ir mais além”.
Afinal, “todos nós somos filhos de Deus” e muitas vezes temos a tendência de complicar o que é óbvio.
São muitas perguntas e muito debate por fazer, mas aqui apenas fazemos uma pergunta: Qual o caminho a seguir?

2 comentários:

Águia Atenta disse...

Na minha opinião, este é um problema que passa sempre pela partida do elemento da IV Secção.
Embora se deva analizar cada caso de uma forma individual, não podemos esquecer as regras definidas para a passagem de secção dos elementos. Neste caso penso que só haverá um caminho para este elemento. Não tendo, em minha opinião, capacidades para fazer um CIP e desempenhar um cargo de dirigente, este caminho passará sempre pela partida do Agrupamento.
No entanto, se se viabilizar o renascimento da Fraternidade Nun'Alvares na Trofa, penso que o destino deste elemento poderá passar por aqui. Mas aqui haverá necessidade de haver um acompanhamento, um trabalho, um objectivo de quem ficar a liderar a Fraternidade. Se for apenas para lhe dar um lenço castanho, penso que seremos mais sérios se lhe explicarmos a situação e convidarmos a sair.
Penso que também seria importante oscultarmos a opinião dele.

Anónimo disse...

Na altura em que o Sérgio foi admitido no clã, levantei algumas questões pelo facto dele já não ter idade para ser caminheiro. Pelo que sei, este tempo que passou no clã foi bom para ele... e para quem o acompanhou, pois conheceu uma realidade diferente. No entanto, a partida tem que acontecer um dia, por muito que custe a todos os envolvidos. A Fraternidade parece ser o caminho mais natural.